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Revista Junguiana 5

Revista Junguiana 5 – Esgotada

A Ciência Simbólica. Epsitemologia e Arquétipo. Uma Síntese Holística da Busca do Conhecimento Objetivo e Esotérico

Carlos A. B. Byington.

revista junguiana 5O autor analisa a unilateralidade da objetividade em detrimento da subjetividade no conhecimento específico. Contrariamente a muitos filósofos da ciência que situam esta unilateralidade como decorrente principalmente do próprio desenvolvimento científico, o autor a interpreta basicamente como uma dissociação patológica do self cultural do Ocidente ocorrida no final do século dezoito quando da separação ciência-religião. Apresentando sua teoria do desenvolvimento simbólico da consciência individual e coletiva em quatro ciclos arquetípicos (matriarcal, patriarcal, alteridade e cósmica), o autor situa a prática do método científico no ciclo de alteridade. Descreve cinco posições básicas para qualquer elaboração simbólica ( indiferenciada, insular, polarizada, dialética e contemplativa) e assinala que o cientista e a pesquisa científica podem percorrer todas estas cinco posições na relação sujeito-objeto. Demonstrando que o padrão de relação objetal eu-outro e outro-outro no ciclo de alteridade é quaternário e que este padrão expressa a plenitude simbólica na inter-relação das polaridades durante o desenvolvimento da consciência, o autor propõe um método científico quaternário de relacionamento subjetivo-objetivo que denomina ci6encia simbólica e que relaciona significativamente o conhecimento objetivo e esotérico. A seguir, o autor especula sobre a metodologia da ciência simbólica e descreve a prática de uma pedagogia simbólica. Propõe também a releitura de ensinamentos de outras culturas e dos pensadores do Ocidente antes da dissociação, para que, à luz da interação quaternária seus símbolos possam ser reelaborados, resgatando muito do saber não compreendido devido ao emprego dissociado das polaridades subjetivo-objetivo. Concluindo, o autor assinala que esta dissociação no ciclo de alteridade, impede não só a elaboração quaternária simbólica plena como dificulta a compreensão de símbolos da totalidade do processo existencial do ciclo cósmico que preparam a consciência para a morte como vivência de transformação.

 

Meu-Bumba-Meu-Boi-Meu-Marzão

Pedro Ratis e Silva

Trata-se da abordagem simbólica das imagens do auto popular do folclore brasileiro chamado “Bumba-Meu-Boi”. O autor parte de recordações de sua infância, na qual essa manifestação de arte popular teve um papel central e tenta apreender o arquetípico subjacente, através de aproximações e amplificações com aspectos litúrgicos da religião mitraica.

 

Psicologia e Algquimia – Sublimatio

Edward Edinger

Reproduzido com permissão de Quadrant – Journal of the C.G.Jung Foundation for Analytical Psychology.

 

A Música Sertaneja e o Arquétipo da Anima

Alberto F. Patrício

Este trabalho baseou-se num levantamento dos poemas das músicas sertanejas de sucesso junto ao público nos anos de 1952, 1962, 1972 e 1982. Constatou-se que das 1600 letras, 797 letras apresentavam o tema do abandono do homem pela mulher. Faz-se, então, uma conceituação do arquétipo anima. Através da estruturação patriarcal no dinamismo do casamento do homem sertanejo, mostra-se via as letras de música sertaneja, o quanto este dinamismo reprime aquele arquétipo.

 

Algumas Reminiscências Pessoais de Carl Gustav Jung

Heinrich K. Fierz

Extraído de C.G.Jung, E.Jung, t.Wolff, vários autores, Analytical Psychology Club of San Francisco, 1982. Reproduzido com permissão do autor e do editor.

 

Abordagem do Paciente Terminal: Aspectos Psicodinâmicos “A Morte Como Símbolo de Transformação”

Nairo de Souza Vargas

O autor discute a importância de se resgatar a morte como algo natural, tirando-a do interdito em que se encontra. Tenta mostrar o quanto este aspecto cria distorções para a vida, determinando uma série de distúrbios na conduta médica, em especial na abordagem do paciente terminal. Defende a idéia de que é uma doença da nossa cultura ocidental a situação que leva a esta repressão e negação da morte. Dentro das referências teóricas da Psicologia Analítica de JUNG, o autor propõe condutas para se tentar resgatar a vivência simbólica da morte restituindo-se a polaridade dialética Vida-Morte. Defende a proposição de a vida só pode Ter um sentido pleno se não negarmos a morte. Propõe que, como no parto, o progresso da Medicina se harmonize com o respeito aos limites da Vida e da personalidade do paciente, freqüentemente desrespeitados. Discute a morte como símbolo fundamental dentro do processo de individuação.

 

Parto – Perda e Resgate de um Símbolo

Ana Lia B.Aufranc

Esta monografia tem como ponto central a obra de Frédérick Leboyer, “Pour Une Naissance Sans Violence”. Procura-se, inicialmente, localizar esta obra dentro do contexto da obstetrícia moderna e descrever suas propostas fundamentais. A seguir, é feito um levantamento de pesquisas recentes realizadas no campo da neurologia, audiologia, obstetrícia e psiquiatria que fundamentam a hipótese de que o bebê é um ser sensível ao nascer. Finalmente, tendo como referencial teórico a psicologia arquetípica e fundamentando-se, especificamente, nas obras de Eric Neumann e de Carlos Byington, procura-se uma compreensão da proposta contida na obra de Leboyer, dentro de nosso contexto cultural ocidental.

 

Arquétipo e Patologia. Introdução à Psicopatologia Simbólica

Carlos A. B. Byington

Baseado na ampliação dos conceitos de energia psíquica (uma forma diferenciada da energia cósmica), do símbolo estruturante (todas as entidades e eventos psíquicos são símbolos coordenados por arquétipos para estruturar a Consciência) e de arquétipo (matrizes universais formadoras de símbolos estruturantes e coordenadoras de sua elaboração através de padrões de relacionamento), o autor conceitua uma psicopatologia simbólica como variante do desenvolvimento simbólico normal da consciência individual e coletiva. O autor caracteriza a patologia mental em função da polaridade estrutura expressiva criativa – estrutura expressiva defensiva, considerando que todos os símbolos estruturantes são normalmente elaborados através de estruturas expressivas criativas e quando fixados são impedidos de entrar na consciência e expressos inadequadamente através da sombra patológica por estruturas expressivas defensivas. O autor enfatiza a deversidade das estruturas expressivas como, por exemplo, a projeção criativa-defensiva, a inveja criativa-defensiva e a intuição criativa-defensiva. A aplicação prática destes conceitos de psicopatologia simbólica é ilustrada sumariamente através de um caso de fobia publicado por Gerhard Adler no livro Living Symbol.

 

Hestia, Deusa do Lar, Notas Sobre um Arquétipo Oprimimido

Stephanie A. Demetrakopoulos

 

O Pai na Mitologia Grega e Especialmente na Teogonia de Hesíodo – Pai-Animus, Pai-Anima

Pierre Solié

Conferência realizada em São Paulo, em Outubro de 1986, a convite da S.B.P.A. Analista Junguiano, membro da Sociedade Francesa de Psicologia Analítica.